segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Senai prepara mais de 55 mil deficientes para o mercado de trabalho

 
Metal Mecânica

Senai prepara mais de 55 mil deficientes para o mercado de trabalho

Data: 28/1/2011

Marcelo Matos, 30 anos, se vale do tato e de competência técnica para
exercer seu ofício. Cego desde os 15 anos, por descolamento da retina, é
montador de para-choques da General Motors em Gravataí, no Rio Grande do
Sul. Foi aprovado na montadora em criterioso processo de seleção após
concluir, em 2004, o curso de aprendizagem industrial em mecânica de
automóveis do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Marcelo Matos, que teve aulas pelo sistema Virtual Vision, programa de
computador que ensina deficientes visuais usando leitura de menus e telas
por um sintetizador de voz, é um dos quase 55 mil deficientes, físicos,
mentais, auditivos, visuais e múltiplos, capacitados para o mercado de
trabalho desde 2004 pelo Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI). O
programa inclui ainda os superdotados.
Além de atender ao contingente de pessoas com necessidades especiais, o PSAI
capacita também mulheres, negros e índios e requalifica profissionalmente
pessoas idosas. Somando-se este contingente, classificado como vertentes,
chega a 77.822 o número de pessoas treinadas pelo PSAI.
A gestora nacional do programa, Loni Manica, ressalta ser expressiva, na
educação profissional, a quantidade de capacitados pelo PSAI. "O Senai atua
fortemente para que se consolide a inclusão social pela educação
profissional", acrescenta.
Informa ela que o PSAI formou, ano passado, 300 professores na língua de
sinais, 150 no ensino Braile em matemática e 350 para identificação e
desenvolvimento de alunos com altas habilidades, os superdotados. Publicou
ainda trabalhos com orientações sobre o melhor atendimento das pessoas com
deficiência, seguindo as normas da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) para esse segmento de trabalhadores.
Aptidão - Após passar por treinamento na GM, Marcelo Matos relata ter ganho
a confiança da equipe e se diz orgulhoso de participar efetivamente da linha
de produção da montadora, que fabrica 900 carros por dia. "Há boas vagas de
trabalho na indústria. É preciso que as pessoas se capacitem e estejam aptas
quando surgirem oportunidades. Foi assim comigo," diz.
A unidade da General Motors em Gravataí emprega 112 pessoas com deficiência.
Segundo o gerente de recursos humanos da montadora, Silvio Uchima, o SENAI
possibilita uma boa oferta de pessoal em um mercado carente de profissionais
qualificados, como o automobilístico. " Investimos no potencial e não nas
limitações dos profissionais. A formação pelo Senai segue este viés,"
ressalta Uchima.

http://www.ipesi.com.br/login/noticias-ei/view.asp?id=3060
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