terça-feira, 23 de agosto de 2011

Buracos nas calçadas dificultam a acessibilidade em Novo Hamburgo



OLHEM COMO ESTOU NO VÍDEO


http://www.jornalnh.com.br/webtv/reportagem/338742/buracos-nas-calcadas-dificultam-a-acessibilidade-em-novo-hamburgo.html

Calçadas sem acessibilidade tornam a vida de cadeirantes um desafio diário.











Muitos dos passeios públicos têm desníveis ou buracos, o que dificulta a passagem de quem depende de duas rodas.




Novo Hamburgo
  - Se para quem anda a pé certas ruas e calçadas parecem armadilhas, para quem é cadeirante a situação piora e o problema da acessibilidade está no passeio público. Muitos estão quebrados, têm desníveis ou buracos, o que dificulta a passagem de quem depende de duas rodas. “Temos de subir e descer das calçadas de costas, para evitar quedas”, diz a arquiteta aposentada e diretora da Associação dos Lesados Medulares (Leme-RS), Celina do Amaral Miranda, 50 anos.
Atenção especial - Em frente ao Foro de Novo Hamburgo, há desnível entre asfalto e calçada. A escrivã da direção Janete Fabíola de Oliveira diz que os cadeirantes não precisam entrar por ali, pois há estacionamento no pátio e cadeiras de rodas disponíveis.


SAIBA MAIS
Segundo o titular da Coordenadoria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência de Novo Hamburgo, Darwin Kremer, o caminho para garantir a acessibilidade é longo. Ele destaca que as calçadas, por exemplo, são responsabilidade dos proprietários dos imóveis. “Quando eles fazem, não se dão conta de que todas as pessoas têm de poder passar por ali.”
O valor da multa para o dono do terreno cuja calçada não estiver de acordo varia de R$ 107,67 a R$ 107.675,00
Para conscientizar sobre a necessidade de melhores passeios públicos, foi lançada a campanha Calçada Cidadã é Acessível a Todos. “Mas não adianta só ter rampas ou calçadas em boas condições. É preciso também uma mudança de atitude para que os deficientes tenham emprego e vida social”, diz Kremer.
O transporte público adaptado é outra reivindicação. A empresa de transporte Viação Hamburguesa tem 132 veículos e 28 são adaptados. Já na empresa de transporte Viação Futura são 52 veículos na frota e dez adaptados
Exemplo - Para Celina Miranda, o tema mobilidade avança em Novo Hamburgo, mas ainda tem muito a evoluir. Um bom exemplo dos avanços já pode ser visto no terminal rodoviário da Avenida 1º de Março, no Centro, que garante o acesso dos cadeirantes.


DESNÍVEL
No Centro Administrativo Leopoldo Petry, também há desnível entre o asfalto e o calçamento, no acesso pelo 1º andar. A assessoria de imprensa da Prefeitura diz que a situação será verificada para avaliar a necessidade de correção no local.

domingo, 14 de agosto de 2011

Deficientes: 60% de imposto para importar equipamentos tecnológicos especiais



Tarifa para comprar uma bengala com ultrassom ou uma cadeira de rodas motorizada é a mesma para trazer um home theater ou TV, por exemplo.


Campanha #euassino: Assine o abaixo-assinado você

A comparação pode até parecer absurda, e é! No Brasil, quem tem dinheiro para importar qualquer tipo de eletrônico paga exatamente a mesma tarifa de importação que aqueles que precisam trazer do exterior, por exemplo, uma bengala especial para cegos ou uma cadeira de rodas. É isso mesmo: quem precisa adquirir equipamentos especiais de acessibilidade paga, em média, 60% de imposto na alfândega. Claro, isso torna esses equipamentos tão caros que ficam fora da realidade da maioria dos brasileiros.


Somando os impostos alfandegários aplicados, o preço desses produtos pode duplicar ou, às vezes, até triplicar. "90% dos recursos de tecnologia existentes para as pessoas cegas são importados e com muitos impostos e encargos, o que acaba tornando os valores ainda maiores e que, por consequência, dificultam o acesso da camada mais significativa da população do nosso país", diz Beto Pereira, consultor de inclusão e acessibilidade do Laramara.


Robert Mortimer, coordenador técnico do LaraTec, disse que "coisas como relógios falantes, calculadoras, softwares para computadores utilizados para educar crianças e máquinas de escrever em braille, por exemplo, são produtos essenciais para a inclusão da pessoa. Todos são onerados com impostos que não são diferenciados com relação a qualquer outro produto do mercado", afirma.


Luiz Monteiro, auditor fiscal da Receita Federal, confirma: "na importação não existe isenção, e o portador de deficiência tem o mesmo tratamento que um cidadão comum ao trazer na sua bagagem alguns produtos do exterior".


Há mais de 60 anos, em 1950, a UNESCO elaborou o Acordo de Florença. A carta prevê a livre circulação e importação de objetos de caráter educativo, científico ou cultural. O documento também isenta das tarifas de importação qualquer tipo de objeto para a educação, progresso e inclusão social das pessoas com necessidades especiais. Mas isso só é válido desde que o produto não tenha uma produção nacional, o que confirma a necessidade da importação. Inexplicavelmente, o Brasil, que tem milhões de cidadãos com necessidades especiais, não faz parte do acordo.


Mara Gabrilli, deputada federal (PSDB/SP) diz que "existe até um grafico feito na convenção da ONU, que demonstra que, quanto mais equipamento, menos deficiência". Oficialmente, o Instituto Laramara é um dos únicos que importa legalmente equipamentos tecnológicos voltados para acessibilidade. Claro, eles pagam todos os impostos e, apesar de a renda ser totalmente voltada para outros projetos de inclusão para os deficientes visuais, os cerca de 200 produtos oferecidos são bastante caros.


Fonte e  vídeo:  http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/deficientes_60_de_imposto_para_importar_equipamentos_tecnologicos_especiais


terça-feira, 2 de agosto de 2011