sábado, 11 de dezembro de 2010

Programa de inclusão de pessoa com deficiência tem avaliação


Educação e formação profissional para pessoas com deficiência é o foco do programa Tec Nep, desenvolvido pelo Ministério da Educação há dez anos. Nesta quarta-feira, 8, foi aberta uma reunião de trabalho do programa para a avaliação da iniciativa no período de 2000 a 2010. O encontro, que vai até a próxima sexta-feira, 10, reúne gestores centrais, regionais e estaduais do programa, além de representantes de assessorias de inclusão, coordenadores de centros de equoterapia, representantes do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e do Instituto Benjamin Constant (IBC).

Na abertura, os participantes foram saudados pelo diretor de formulação de políticas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, Luiz Augusto Caldas. "A construção de um mundo de iguais pressupõe o respeito às diferenças. Renovo o pedido para que continuemos caminhando juntos na construção de um grande projeto de nação", disse.

Neste primeiro dia, o encontro discute o uso de tecnologias assistivas na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, além das relações étnico-raciais e a homofobia nas escolas. Houve mesas redondas sobre os centros de formação de cães guias e sobre equoterapia como nova proposta de inclusão.

Para a quinta-feira, está prevista a prestação de contas dos últimos dez anos do programa Tec Nep. Na sexta-feira, haverá uma exposição sobre o atendimento dos estudantes com nanismo nas escolas da rede federal. Por último será produzido um documento, que será encaminhado ao 1º Congresso Sul-americano de Educação Profissional, Científica e Tecnológica Inclusiva, que será realizado no Rio de Janeiro em 2011.

Histórico – No começo do programa, há dez anos, o foco era a sensibilização e conscientização sobre educação inclusiva da comunidade escolar. Nesse período, foi feita a formação inicial e continuada de recursos humanos. De 2007 a 2009, foi promovida uma especialização de educação profissional inclusiva a distância, que levou à certificação de 111 profissionais. Este ano, foi constatada a entrada de um grande contingente de deficientes auditivos na rede federal. Então, cresceu a demanda por cursos de Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Segundo o coordenador do programa, Franclin Nascimento, existem parcerias estratégicas com o Ines e IBC para que sejam desenvolvidas tecnologias sociais assistivas, como bengalas e óculos especializados. O Tec Nep possui também centros de referência no desenvolvimento dessas tecnologias. "Essas tecnologias são acessíveis por causa do baixo custo", destacou Franclin.

Outro avanço promovido pela estratégia foi a produção e publicação de material didático adaptado às especificidades dos alunos. O programa também conta com cinco centros de equoterapia – no campus Concórdia, do Instituto Federal Catarinense; no campus Barbacena, do Instituto Federal Sudeste de Minas; nos campi Rio Verde e Ceres, do Instituto Federal Goiano, e no campus Iguatu, do Instituto Federal do Ceará. Além disso, está sendo desenvolvido o curso de tecnólogo em comunicação e tecnologia assistiva, com experiências piloto nos estados do Amazonas, Pará, Pernambuco e Piauí. Já o curso técnico de órteses e próteses está sendo desenvolvido experimentalmente no campus Salvador, na Bahia.

O Tec Nep também instalou pelo país 146 Napne, que são núcleos de atendimento às pessoas com necessidades especiais situados nos Institutos Federais. Outro grande feito do programa foi a criação de centros de referência em todo o país. O Campus de São José, do Instituto Federal de Santa Catarina, por exemplo, criou tradição no oferecimento de cursos de educação profissional para surdos. Já as escolas de Bento Gonçalves (RS), Charqueadas (RS) e Guanambi (BA) se tornaram referência no desenvolvimento de tecnologia assistiva.

O programa é desenvolvido pela Setec e pela Secretaria de Educação Especial (Seesp), ambas do MEC. Surgiu para dar suporte à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica no acesso, permanência e saída com sucesso de pessoas com deficiência.

MEC Assessoria de Imprensa 

Passeio Público

Imagem do blog Arquitetura Acessível




O ar que respiro é o ar da cidade,
dela que me absorve
em alegres rodeios
por praças públicas.
As praças e as pipocas,
os pontos de ônibus,
os bares cheios.
De algo estou certo: É Janeiro!


Adonis K

Acessibilidade: Novo Hamburgo 2007

Em 2007 fiz, com Maurício da LEME, um passeio pelo Centro e então Novo Shopping para registrar aspectos sobre acessibilidade. Algumas coisas, sabíamos que  ríamos encontrar, mas o sanitário para deficientes da então Praça de Alimentação do  Shopping foi uma surpresa muito muito desagradável.


Agora, em 2010, está iniciando o Projeto de Revitalização de Novo Hamburgo e vou publicar essas fotos para termos como comparar e avaliar o projeto que tem previsão de 2 anos para conclusão da  1ª etapa - Centro e  Hamburgo Velho - e  5 anos para a 2ª  etapa - Arroio 




1. Calçadas destruídas pelo avanço de raízes de árvores inadequadas para uso em passeios.




2. Esquinas sem rampas.  






3. Buracos no acesso das poucas rampas existentes.








4. Buracos NA rampa.






5. Calçadas com rampas desnecessárias.






6. Comércio com escadas sem rampas.



. Loja com circulação bem aberta, permitindo uso por cadeirantes.




8. Na praça de alimentação, uma boa circulação periférica. Mas entre as mesas...





9. Caixa eletrônico muito alto.



10. Esse, já pode ser usado por cadeirantes.




11. Balcão muito alto, na loja da Vivo do Shopping. Aliás, poderia ser num banco, loja, rodoviária.....




12. Mas na Vivo tem um espaço acessível. Sou atendida ali: na mesma altura da atendente, olho no olho.



13. Isso era o banheiro para deficientes no Novo Shopping em 2007. KD A NB 9050???


14. O acesso é ótimo, mas como chegar e sair naquelas araras lá na frente???



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Acessibilidade: um outro olhar

A questão da acessibilidade, predial ou urbana, tem assumido importância cada vez maior nas discussões da vida nas cidades dos dias atuais. Isso está ocorrendo a partir da globalização e da incorporação do conceito de “inclusão” que a mesma introduziu a realidade atual, desde a inclusão digital até a educacional, passando pela SOCIAL, seu mais importante aspecto no meu ponto de vista. Porem, não adianta somente introduzir um conceito sem que a sociedade mude de postura.

Confesso que, como cidadã e arquiteta, só comecei a olhar a questão de maneira mais atenta a partir de minha própria necessidade. Para muitos, acessibilidade se resume a construir rampas para que usuários de cadeiras de rodas possam atravessar uma rua, entrar num prédio público ou chegar a uma praça. Só que depois de entrar no prédio, os espaços de circulação normalmente não comportam uma cadeira de rodas, as mesas e os balcões não permitem aproximação do cadeirante, as portas são estreitas, há pequenos e imperceptíveis degraus internos e os banheiros são completamente inadequados.

Além do que esse conceito de “acessibilidade” atinge a uma parcela bem maior da população que simplesmente aos cadeirantes: idosos, gestantes, obesos, acidentados, pessoas que empurram carrinhos de bebê ou de compras, entre outros. Muitos locais, principalmente os comerciais, adequam o acesso no momento da necessidade, como um “quebra-galho” cotidiano, como se o PCD – pessoa com deficiência – fosse um intruso na cidade, um estranho ao local.

Eu, como PCD, não quero ficar esperando o funcionário encontrar e trazer a rampa para eu poder acessar o local; quero ter liberdade de ir e vir aonde quiser ou necessitar. Muitas vezes essas alternativas são inadequadas e aumentam a dificuldade do cadeirante: rampas estreitas e muito íngremes para vencer o degrau... Afinal, somos consumidores, necessitamos trabalho, pagamos impostos e lutamos por exercer nossa cidadania.

domingo, 21 de novembro de 2010

“Falar em acessibilidade não significa só aquela urbana, mas também, e muito em especial, a acessibilidade às emoções, à solidariedade, à abertura dos corações para todas as pessoas que habitam esse planeta.”
Gilberto  Stanieski  Fº, advogado, tetraplégico por acidente automobilístico. http://bit.ly/btXMLn

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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A resposta do Prefeito.

----- Original Message -----
Sent: Monday, November 08, 2010 7:06 PM
Subject: Re: Fw: Fw: Opinião

Querida amiga Celina, (c.c. para Darwin): agradeço tua mensagem e parabenizo pela preocupação demonstrada e, sobretudo, para fazê-la chegar ao município.
Talvez seja pura coincidência mas, na noite do dia 7, liguei para o Darwin solicitando a legislação que regulamenta a acessibilidade, o que ele me enviou esta manhã. A necessidade de consultar a lei surgiu exatamente na análise do projeto de lei que estamos preparando e que vai regulamentar o transporte coletivo em NH. Por conta da legislação recebida, já incluí como um dos princípios do transporte de NH a acessibilidade e, portanto, nosso sistema não poderá contar com veículos que não estejam adequados para tal.
Por isso, se micros não puderem atender esta exigência, não teremos micros.
Abraços à Celina e ao Darwin e meus cumprimentos pela luta de vocês que também é minha.
Tarcisio

Opinião

Em resposta à matéria Novo Hamburgo: transporte municipal vai passar por reformulação http://www.jornalnh.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-194,cd-290194.htm


“Transporte municipal vai passar por reformulação” é o título da matéria do Jornal NH, página 8, de 3 de novembro de 2010, já que a cidade se prepara para a chegada do trensurb. Com certeza, novas regras serão adotadas, o que é preciso para acompanhar as mudanças que estão em curso em Novo Hamburgo. E, enquanto as regras não forem aprovadas, nada muda e não pode ser lançado o edital de licitação de concorrência do transporte coletivo municipal.
Neste momento, para alguns a dúvida maior é o valor da tarifa, horários, itinerários, integração e como essas mudanças afetarão suas vidas. Já para mim – e meus pares – é a acessibilidade. Hoje são inúmeros os ônibus adaptados que nos servem, aos cadeirantes. Com a ampliação do número de veículos adaptados para cadeiras de rodas mais e mais pessoas que usam cadeira de rodas utilizam a facilidade de locomoção que o serviço proporciona.
Mas ao ler “O modelo dos veículos também deverá mudar. Serão utilizados micro-ônibus, principalmente na área central, contribuindo com o projeto de revitalização” fico preocupada. Melhor dizer A-PA-VO-RA-DA! Nunca vi e não conheço micro-ônibus com adaptação para cadeira de rodas. Como será resolvida essa questão?
Não é possível admitir um retrocesso justamente no momento há um incremento no número de ônibus adaptados nas frotas das empresas de transporte coletivo. A partir da colocação dos veículos adaptados as pessoas dependentes de cadeira de rodas puderam sair de casa e adquiriram uma nova condição de vida, através da liberdade de locomoção.
Participo da LEME – Associação dos Lesados Medulares do RS – e vários de nossos associados utilizam o transporte coletivo no seu dia-a-dia. Os ônibus adaptados permitem que eles estudem, resolvam questões bancárias, se desloquem ao seu médico ou farmácia comunitária, venha à LEME, tenham ampliado seu convívio social e opções de laser. Como abrir mão dessa liberdade recém adquirida?
As legislações para transporte coletivo beneficiam o cadeirante. Que a nova proposta de organização para o transporte coletivo de Novo Hamburgo não deixe de contemplar esse aspecto de suma importância para o exercício da cidadania.